Descubra agora: vale a pena pagar o meu IPVA à vista?

Descubra agora: vale a pena pagar o meu IPVA à vista?

Apesar de o fim do ano ser uma das épocas na qual as pessoas mais gastam dinheiro por conta das festas envolvidas, as despesas se estendem ainda mais quando chega o mês de janeiro. 

Isso ocorre porque chegam as cobranças dos impostos que recaem sobre moradia e automóveis, além de gastos extras com férias e material escolar das crianças, além de despesas extras na fatura do cartão de crédito. 

Dessa forma, é preciso preparo para lidar com todas as contas – principalmente se você quer investir e se proteger contra qualquer eventualidade.

Se, por exemplo, você tem vontade de converter a taxa anual, vale a pena se programar para que seus planos saiam do papel mesmo diante dos gastos acima do normal nessa época inicial do ano e mesmo com a crise que o Brasil enfrenta. 

Um dos principais gastos que vem à mente de muitos brasileiros é o IPVA. O custo com esse imposto deve ser obrigatoriamente pago por todos aqueles que possuem um veículo no Brasil. 

O governo brasileiro disponibiliza duas formas de pagamento do mesmo e muitas pessoas acabam ficando em dúvida na hora de escolher qual a forma que melhor se adequa à sua situação financeira, à vista (com desconto) ou parcelado durante o ano.

O que é IPVA

O IPVA nada mais é do que a sigla para Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores e é uma cobrança anual realizada pelo governo para todos os brasileiros que possuem um veículo. 

Também é importante destacar que essa cobrança incide somente sobre veículos terrestres, ou seja:

  • Carros;
  • Motos;
  • Caminhões;
  • Ônibus;
  • Micro-ônibus;
  • Máquina agrícola;
  • Ciclomotor,
  • Outros.

Assim, a coleta do IPVA é de responsabilidade de cada estado separadamente, e cada um é autorizado a receber 50% dos valores arrecadados. 

A outra metade é destinada a municípios onde os veículos estão registrados, como prevê a Constituição Federal nesse caso. 

Quanto custa o IPVA?

Como já foi dito, esse é um imposto estadual e, por isso, cabe a cada estado determinar qual alíquota será cobrada. Hoje em dia, os estados de São Paulo e Minas Gerais são os que cobram a taxa mais alta, chegando a 4% sobre o valor de venda do veículo. 

Entretanto, a alíquota também varia de acordo com o tipo de veículo e sobre outras características, como: local de fabricação (Brasil ou exterior), potência do motor, ano do veículo e combustível utilizado. Essa diferenciação também é utilizada como justificativa para a implementação de políticas públicas. 

Por exemplo, atualmente existem estados que reduzem o custo do IPVA para automóveis e veículos que são movidos a eletricidade e etanol, com o objetivo de incentivar mais o uso desse tipo de meio de locomoção e reduzir a poluição nas cidades.

Regras de pagamento

Como a cobrança varia de estado para estado, as regras de pagamento também são definidas por cada um. O calendário, possibilidades de parcelamento e forma de cobrança também são detalhes definidos por cada estado, mais especificamente, pela secretaria da Fazenda de cada um. 

Apesar das pequenas variações de lugar para lugar, o que é bastante comum é a divulgação de um sistema que informa aos contribuintes o valor devido do imposto sobre cada veículo. 

A consulta é realizada através do Renavam, o Registro Nacional de Veículos Automotores. 

Dessa forma é possível começar a se programar para o pagamento. Além dessa possibilidade, os estados também definem datas de vencimento para o IPVA de acordo com o último dígito da placa do veículo em questão.

Vale a pena pagar o IPVA à vista?

Depois que você já tiver consultado o valor e a data de vencimento do seu IPVA, está na hora de se programar para realizar o pagamento. Existem alguns fatores a serem analisados antes de bater o martelo e fazer o pagamento à vista.

Conheça o desconto oferecido

A primeira atitude a ser tomada para decidir qual a melhor forma de pagar o IPVA é conhecer o percentual de desconto oferecido pelo governo do seu estado. Essa taxa de desconto normalmente é informada junto à tabela de pagamentos do imposto e não costuma passar longe dos 3%. 

Apesar de não ser um desconto tão expressivo, vale a pena garantir essa dedução no valor total se você já tiver o dinheiro para o IPVA separado em um fundo emergencial ou em um investimento. 

Essa opção é válida porque os 3% de desconto ainda são superiores ao rendimento que você obteria em suas aplicações caso dividisse o pagamento e fosse sacando mensalmente. 

Além disso, outra vantagem é não correr o risco de se esquecer de alguma parcelas e se enrolar com juros mais à frente, além de correr o risco de ter o veículo apreendido.

Verifique as condições de pagamento parcelado

Em casos de um valor de IPVA alto para a sua situação financeira atual e você correria o risco de se endividar para realizar o pagamento à vista, é mais seguro optar pelo parcelamento. Mesmo que haja uma taxa de juros nessa forma de pagamento, o valor total pode ser dividido em até três vezes. 

Apesar de ser uma boa alternativa para quem não tem o valor total em mãos, é necessário que haja um bom planejamento financeiro para os gastos domésticos, visto que quitar as três parcelas deve ser uma prioridade. Dessa forma é possível evitar uma situação de endividamento. 

Afinal, qual a melhor escolha?

Depende. Não existe uma resposta que seja universal e sirva para todas as situações. É necessário que cada um avalie sua condição financeira e veja o que é possível. 

Pagar à vista é uma boa ideia se você não tem dívidas e tem todo o valor do IPVA em mãos, por exemplo. 

Mas se você já se encontra endividado ou teria problemas financeiros se gastasse muito com o pagamento desse imposto, a melhor dica é parcelar. Assim, é necessário colocar em pauta as suas prioridades e ter em mente que as dívidas nunca são bem vindas!